06/02/2025 - 9:30
Um relatório apresentado recentemente por uma organização de bem-estar animal causou muita confusão na Escócia. O documento da Scottish Animal Welfare Commission, uma entidade independente que assessora o governo nessa área, recomendou que fossem estudadas medidas para evitar que gatos afetem a fauna silvestre da região por predarem pássaros, mamíferos e répteis. Entre as orientações estão analisar os efeitos da castração compulsória e da restrição da circulação dos felinos domésticos em áreas rurais.
As propostas da comissão chegaram a conhecimento público e provocaram protestos, com ativistas falando em banimento dos gatos no país. Foram tantos os rumores que o primeiro-ministro John Swinney teve de se pronunciar nesta semana dizendo que o governo não irá proibir ou restringir os animais no país. “Não temos intenção de fazer isso e não o faremos”, assegurou em uma entrevista para a rádio Bauer.
De acordo com a publicação encaminhada ao governo pela comissão, o relatório visa abordar a posse responsável de gatos, indicando o uso de microchips e o cuidado com vacinas, por exemplo. Mas o documento também trata de propostas controversas.
A entidade pontua que os felinos domésticos matam 27 milhões de pássaros no Reino Unido a cada ano. Para diminuir esse impacto, uma das sugestões é que o governo estude a possibilidade de castração compulsória de todos os gatos na Escócia, exceto os registrados por criadores. No texto, a comissão diz a esse respeito: “Todos os custos e benefícios precisam ser avaliados quando medidas compulsórias estão sob consideração”.
Outra recomendação polêmica afirma que “novos empreendimentos habitacionais em áreas rurais podem ter uma estipulação de que gatos não podem ser mantidos em áreas sensíveis à conservação”.