12/11/2024 - 9:36
A conexão emocional entre os tutores e seus pets está mais forte do que nunca. Qualquer pessoa que lide no dia a dia com bichos de estimação já poderia dizer isso, mas agora essa intensa relação está mapeada por uma pesquisa extensa. A Mars Incorporated apresentou resultados do que chamou de o “maior estudo do mundo sobre pais de pets”.
Com insights de mais de 20 mil tutores de cães e gatos em 20 países – entre eles, o Brasil –, o trabalho revela a influência significativa desses animais em nossas vidas, analisando as necessidades dos tutores, identificando o perfil de quem tem um bicho em casa, apontando os mais populares e também ressaltando a importância da adoção.
Realizado pela Ipsos, o estudo indica que, com o aumento do número de bichos nos lares e com a transformação da nossa conexão com os animais, hoje plenamente integrados ao conceito de família, estamos vivendo uma nova era centrada na relação emocional entre humanos e seus animais de estimação. Por isso, a Mars, que detém algumas das marcas de alimentos mais populares no mercado mundial, está dando também muito foco aos tutores. “Além de entender o pet, é preciso entender o tutor”, reforçou Sarah Bonadio, diretora de assuntos corporativos na Mars Petcare.
De acordo com os dados globais, 47% dos entrevistados são pais e mães de pet pela primeira vez. São mais de um bilhão de bichos de estimação no mundo. Entre os tutores, 37% afirmam que seus cães e gatos são a coisa mais importante em suas vidas. O percentual é maior entre a Geração Z (45%), a faixa etária entre 18 e 27 anos, e os Millennials (40%), as pessoas com idades entre 28 e 43 anos.
Há também uma preferência por filhotes: 84% dos cães e gatos chegam aos lares antes de completarem 12 meses de idade. Entre os tutores que têm cães de raças, as mais populares globalmente são: labrador (6%), chihuahua (6%) e golden retriever (5%). Entre os gatos são persa (16%), british shorthair (11%) e siamês (9%).
A pesquisa revelou que a posse de gatos é mais comum do que a de cães no mundo, sendo que mais homens (52%) do que mulheres (48%) são tutores de gatos.
Perfil dos tutores no Brasil
E por aqui? A maioria dos tutores brasileiros é formada por mulheres (51%). Em relação à faixa etária, há igualdade de participação entre Millennials e a Geração X, com 24% para cada um. A Geração Z responde por 16%. Dos entrevistados, a maior parte tem um filho (39%). E 33% não têm, sendo o segundo grupo mais prevalente na pergunta sobre crianças em casa.
No país em que o “caramelo” está cada vez mais popular, os cachorros de raça ainda dominam os lares (51% dos tutores têm um). Quando se trata de gatos, predominam os vira-latas nas casas: apenas 29% dos tutores vivem com um felino de raça. Ou seja, proporcionalmente, os gatos sem raça definida (SRD) estão bem mais presentes nas famílias brasileiras do que os cães SRD.
As raças mais populares de cães no Brasil são: shih tzu (19%), poodle/ carniche e yorkshire terrier (7%), pastor alemão (6%) e beagle (4%). Entre os gatos, as preferências vão para siamês (35%), persa (14%), europeu ou doméstico, de pelo curto ou longo, maltês e siberiano (os três com 10%).
A pesquisa analisou a satisfação de ter um pet. As respostas diferem entre as escolhas por cães e gatos. Entre os tutores de cachorros, o principal motivo de satisfação é porque ele completa a família (53%), seguida por amor incondicional que o pet demonstra (52%) e comportamento divertido/ entretenimento (46%). Já quem tem gato, respondeu primeiro comportamento divertido/ entretenimento (46%), seguido por companhia (45%) e amor incondicional (42%).
As maiores dificuldades de quem tem um bicho em casa
Embora a satisfação seja alta, os tutores enfrentam desafios importantes na sua relação com os pets. No passado, muitos animais mal tinham acesso ao interior dos lares e as pessoas não costumavam se dedicar tanto a passear. Até o cuidado com a alimentação e a saúde não recebiam a mesma atenção de hoje. E o que se verifica atualmente?
Para os tutores de cães e gatos, a principal preocupação é lidar com a perda ou com doença. No primeiro caso, o índice é 40%. No segundo, 39%. O segundo desafio dos pais de pets é igual também: a culpa por deixá-lo sozinho. Para os entrevistados que têm cachorro na família, o índice é de 30%. Para os ligados em gatos, 28%.
A partir daí, a lista se diferencia. Entre os tutores de cachorros, os desafios seguintes são: custos inesperados (29%), dificuldade de viajar com o cão (27%) e controle de pelos (23%). No lado dos fãs de gatos, as respostas são: dificuldade de viajar (25%) e custos inesperados (24%).
Como o pet entrou na sua vida?
De acordo com o estudo, 74% dos cães e 87% dos gatos se juntam às famílias brasileiras quando têm 3 meses ou menos. E como eles chegam aos lares? Os filhotes de cachorros geralmente vieram de amigos ou parentes. Já os gatinhos foram encontrados abandonados.
Na lista dos canais de acolhimento, depois da resposta “amigo ou família, sem pagamento por isso” (23%), os tutores de cachorros apontaram: “encontrado como vira-lata e acolhido” e “comprado de criador” (ambas com 16%), “comprado de pessoa física” (9%), “adotado de casa de abrigo ou resgate de grupo”, “nasceu na casa” e “comprado em uma loja de animais” (as três com 6%).
Os gatos foram, primeiramente, “encontrados como vira-latas e acolhidos”, com 24% das respostas. Na sequência, os canais de acolhimento são: “amigo ou familiar, sem pagamento por isso” (13%), “abrigo ou grupo de resgate” (11%), “nasceu na casa” (9%), “comprado de pessoa física” e “recebido de presente” (ambos com 7%).
O desafio da adoção
Apoiadora da adoção, a Mars reservou uma parte do estudo para entender a questão. A empresa destaca um conceito que incorporou agora: “compromisso com compatibilidade”, uma proposta que visa aumentar os números de adoção e reduzir os de abandono.
Encontrar o pet perfeito – algo que deve combinar com o momento de vida do tutor – inclui comportamento, personalidade, interesses e estilo de vida, fatores que, muitas vezes, são afetados pela idade do animal. “Esse é o primeiro passo para a adoção responsável”, explicou Sarah.
Entre aqueles que ainda não têm um pet, há uma série de barreiras que dificultam a adoção. As principais dificuldades para os interessados em cachorros são: custos altos (25%), compromisso a longo prazo (22%), falta de condições adequadas de moradia (20%), dificuldade de lidar com a perda do animal (18%) e complicações no dia a dia (15%)
Para quem já pensou em adotar um gato, as barreiras mais mencionadas são: falta de condições adequadas de moradia (24%), custos altos (22%), dificuldade de lidar com a perda do animal (19%), complicações no dia a dia (15%) e alergias na família (12%).
A esse respeito, vale lembrar que a Pedigree, marca da Mars, tem há 15 anos um programa conhecido, o Adotar é tudo de bom, que já ajudou 83 mil bichos a encontrar um lar.