12/09/2025 - 11:42
A vacinação é uma das ferramentas mais poderosas para proteger a saúde dos bichos de estimação. No entanto, dados da World Small Animal Veterinary Association (WSAVA), organização global que representa médicos veterinários de pequenos animais, mostram uma situação alarmante na América Latina, inclusive Brasil, devido à baixa taxa de imunização de pets. No caso dos felinos, há uma lacuna preocupante na conscientização sobre a necessidade de vaciná-los.
Desmistificar dúvidas e reforçar a importância da imunização é fundamental para garantir o bem-estar dos bichanos. Nesse contexto, reunir informações essenciais sobre vacinação é uma maneira de ajudar tutores a entenderem a relevância desse cuidado como um ato de responsabilidade e proteção para seus companheiros de quatro patas. Pensando nisso, Karin Botteon, médica-veterinária e gerente técnica de pets da Boehringer Ingelheim, elenca dez informações essenciais que todo tutor precisa saber sobre vacinação para gatos:
1. Proteção contra doenças graves e fatais
As vacinas fortalecem o sistema imunológico dos gatos contra doenças infecciosas, como panleucopenia felina, rinotraqueíte e calicivirose. Essas enfermidades podem causar sérios danos à saúde ou até levar à morte, mas podem ser prevenidas com um protocolo de vacinação adequado. Sem contar a raiva, que é uma zoonose e é fatal – a vacinação de cães e gatos é obrigatória no Brasil.
2. Gatos que vivem dentro de casa também precisam ser vacinados
Mesmo os gatos que vivem exclusivamente dentro de casa estão expostos a riscos. Agentes infecciosos podem ser “carregados” em roupas, sapatos ou outros animais que convivem no mesmo ambiente. Por isso, a WSAVA recomenda a vacinação com cepas essenciais para todos os gatos, independentemente do estilo de vida.
3. O estilo de vida do gato influencia o protocolo de vacinação
Cada gato tem um nível de exposição a riscos diferentes, dependendo de seu estilo de vida. Gatos que vivem apenas dentro de casa, os que têm acesso ocasional ao ambiente externo e os que passam a maior parte do tempo na rua enfrentam situações distintas. O veterinário avalia esses fatores para determinar quais vacinas são mais indicadas para cada caso.
4. A vacinação deve começar cedo
Os filhotes podem ser vacinados a partir das seis semanas de vida. Embora recebam proteção inicial do colostro materno, essa imunidade diminui com o tempo. Portanto, iniciar a vacinação cedo é essencial para garantir que o filhote esteja protegido assim que essa imunidade natural começar a desaparecer.
5. Reforços são indispensáveis
As vacinas não conferem proteção permanente. Com o passar do tempo, a imunidade diminui, e os gatos precisam de doses de reforço para manter a proteção. A frequência desses reforços varia de acordo com o tipo de vacina, a doença em questão e o estilo de vida do animal. O veterinário é a pessoa indicada para orientar sobre o calendário de vacinação.
6. É possível corrigir a falta de uma dose de reforço
Se o gato perdeu uma dose de reforço, o tutor deve procurar o veterinário para atualizar a vacinação. Mesmo que tenha ocorrido um atraso, é possível recuperar a proteção necessária. Nunca é tarde para retomar os cuidados preventivos.
7. Vacinas são seguras e passam por testes rigorosos
As vacinas disponíveis no mercado passam por testes rigorosos de segurança e eficácia antes de serem aprovadas. Embora reações adversas possam ocorrer, elas são raras e, na maioria das vezes, leves e temporárias.
8. Reações após a vacinação são geralmente leves
Na maioria dos casos, os gatos não apresentam reações significativas após a vacinação. Alguns podem demonstrar sinais leves, como cansaço, febre baixa ou diminuição do apetite, que desaparecem em até 48 horas. Caso os sintomas persistam ou outros sinais ocorram, é importante buscar orientação veterinária.
9. Vacinação é um investimento na saúde a longo prazo
Prevenir doenças por meio da vacinação é sempre mais eficaz e menos custoso do que tratar enfermidades. Além disso, manter o gato saudável contribui para uma convivência mais tranquila e feliz com a família.
10. Vacinação também é uma questão de saúde pública
A vacinação dos gatos não protege apenas o animal vacinado, mas também ajuda a prevenir a disseminação de doenças infecciosas entre outros animais e até mesmo entre humanos, no caso de zoonoses como a raiva.