Entidades do setor de transporte aéreo lançaram o “Guia de Orientações para Transporte Aéreo de Cães e Gatos”, mais uma medida que surge neste ano em que o tema chamou a atenção dos brasileiros desde a trágica morte do golden retriever Joca, em abril, em viagem que deveria ter sido entre Guarulhos (SP) e Sinop (MT), mas que seguiu para Fortaleza (CE).

O guia contém informações que vão desde a escolha adequada de contêiner e da caixa em que os animais são transportados até as políticas das companhias aéreas. A cartilha aborda ainda regulamentações e documentação necessária e explica o processo de preparação dos pets, com cuidados essenciais antes, durante e depois da viagem, como alimentação, hidratação e manejo do estresse.

Disponível para download gratuito, o manual integra o Plano de Transporte Aéreo de Animais (Pata), apresentado pelo Ministério de Portos e Aeroportos, em outubro. Ele foi elaborado a partir do Código de Conduta da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e está fundamentado no Live Animal Regulations, da Iata (Associação do Transporte Aéreo Internacional), o principal documento no mundo para as viagens de pets e outros animais.

A Iata é uma das entidades responsáveis pelo novo guia. Também assinam o manual a Associação Latino Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta) e a Junta de Representantes de Empresas Aéreas no Brasil (Jurcaib). As associações ressaltam a importância de o tutor ter todas as informações à mão para garantir uma experiência de viagem mais segura e agradável para todos.

“O transporte seguro de animais de estimação requer padrões claros e consistentes. É por isso que o Live Animal Regulations da Iata serve de base para a prestação desses serviços no mundo todo. Nosso compromisso é garantir que todas as etapas do transporte aéreo priorizem a segurança, o bem-estar animal e a tranquilidade dos tutores”, declarou Peter Cerdá, vice-presidente regional para as Américas da Iata.

De acordo com Jurema Monteiro, presidente da Abear, o lançamento da cartilha simboliza a sinergia entre as entidades do setor, o governo federal e consumidores, que passam a ter um documento de fácil acesso com orientações para o transporte de pets. “A segurança operacional é um princípio fundamental do modal aéreo, e o guia reforça esse compromisso, considerando todos os aspectos do bem-estar animal”.

Confira algumas orientações:

Redução do estresse – Uma viagem bem planejada ajuda a minimizar o estresse tanto de tutores quanto de pets. Saber o que esperar e preparar-se para diferentes situações torna a experiência mais agradável.

Cumprimento de regulamentações – As políticas e os requisitos para o transporte de animais variam de acordo com cada companhia aérea e país, mas elas seguem, como base, as regulamentações do Live Animal Regulations (LAR). Planejar com antecedência permite o cumprimento dessas regras, evitando problemas no embarque ou desembarque.

Gestão de tempo – Reservar tempo suficiente para todas as etapas do processo – desde a consulta veterinária que deve ser feita antes da viagem até a chegada ao aeroporto – ajuda a evitar correria e imprevistos de última hora.

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