12/02/2025 - 12:07
Um casal de Norfolk, na Inglaterra, teve um “sonho realizado” neste mês: recuperou sua labrador, Daisy, roubada do jardim da residência da família em novembro de 2017. Foram mais de sete anos na expectativa de encontrar a cachorra. O animal foi resgatado pela Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals (RSPCA), maior entidade de proteção e bem-estar animal do Reino Unido. Ela foi identificada pelo microchip.
Rita e Philip Potter, que estão na casa dos 80 anos, disseram que nunca perderam a esperança de recuperar a companheira. Eles colocaram uma foto de Daisy na lareira para que pudessem lembrar dela diariamente. Mas o casal também se moveu para conseguir achar sua cachorra, que hoje está com 13 anos.
Testemunhas contaram que Daisy foi capturada por pessoas que a colocaram em um caminhão, cuja placa não pode ser rastreada. A suspeita é que o animal tenha sido levado por criadores “de quintal”, que a RSPCA explica serem indivíduos que não oferecem uma boa estrutura para cuidar de cachorros e os mantém em condições não adequadas.
Os Potter acionaram a polícia, mas o caminhão não foi localizado – a placa tinha sido adulterada. Mesmo sem mais pistas, o casal não desistiu de procurar por seu bicho. Fez campanhas nas redes sociais e criou uma petição online para que o governo aumentasse esforços para prevenir o roubo de animais de estimação. O documento foi assinado por mais de 100 mil pessoas.
Em 2024, foi aprovada uma lei na Inglaterra estabelecendo o sequestro de pets como crime passível de multa e prisão por cinco anos.
Mas e Daisy? Neste ano, uma agente da RSPCA, Kim Walters, fez uma investigação em uma região mais de 320 km distantes da casa dos Potter. Ela viu uma labrador com graves problemas nas mamas. Kim falou com um homem que contou que tinha o cachorro fazia poucos anos e que não tinha condições de tratá-la.
Kim levou o animal para a RSPCA, encaminhando-a para um veterinário. Nessa hora, descobriram o microchip com as informações dos Potter. A agente ligou para Rita, que se emocionou ao telefone.
Daisy passou por exames e tratamentos para poder fazer uma viagem de carro de três horas para poder voltar para a casa. Na RSPCA, avaliaram que a labrador deve ter sido usada para reprodução. Além do problema mamário, Daisy tem displasia coxofemoral e parece estar surda.
Depois da festa da reunião dos tutores com a labrador – e mais a presença de filhos e netos -, Rita comentou com a equipe da RSPCA, que documentou o encontro, que eles sabem que Daisy está idosa e com problemas de saúde. “Mas, pelo tempo que tiver, ela será cercada de muito amor e atenção”.
