20/02/2025 - 15:32
O Carnaval já está aí, com muita gente se organizando para sair nos blocos da cidade. Tutores também podem querer levar o cachorro para a festa na rua, mas é preciso atenção. Principalmente porque os dias estão muito quentes e eles podem sofrer com a temperatura e com aglomeração. É importante procurar blocos que ofereçam meios de o animal ficar mais confortável.
Em algumas cidades, há opções pet-friendly. Em São Paulo, no dia 03 vai ter o Blocão do Totó e Ruby Fofa, da creche pet Hou House, em Moema. Ele sai de manhã. No Rio de Janeiro, neste sábado, 22, o bloco Bonifolia, do restaurante Bonifácio e Berenice, chega a sua segunda edição, no Leblon. Ele começa às 16h e os primeiros 20 pets fantasiados vão receber petiscos especiais. Esses são apenas exemplos. É necessário pesquisar os blocos antes de sair com seu pet para aproveitar o reinado de Momo.
A médica veterinária Aline Ambrogi, professora do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), afirma que é possível curtir a folia junto com o cachorro, mas alerta para situações que podem fazer mal para a saúde do cão. “O Carnaval pode ser uma boa opção de diversão para os pets, principalmente os bloquinhos pet friendly que possuem estruturas para os animais, como sombra e disponibilidade de água fresca”. Ela ressalta, porém, que é fundamental que o animal esteja acostumado com passeios em locais agitados, com som alto e com a presença de pessoas e outros bichos.
Confira as dicas que ela dá para quem planeja cair na folia com o companheiro peludo:
– Avalie o calor – As temperaturas estão muito altas nesta estação. Aline indica não levar os animais em horários de pico. O alerta é maior para as raças de cães braquicefálicas, como shih-tzu, pug, buldogue francês etc. Como as fortes ondas de calor podem ser as grandes vilãs para os pets, busque ambientes com sombra e chão fresco para evitar queimaduras nas almofadinhas (coxins) das patas dos cães. Oferte água fresca a todo momento, evitando desidratação e até mesmo uma hipertermia, que pode levar o animal a óbito.
– Tempo de permanência no bloco – Não existe uma quantidade de horas específicas porque isso varia de cada animal. Animais idosos podem se cansar mais facilmente, enquanto cães mais jovens podem ficar mais tempo sem nenhum problema. As raças braquicefálicas podem se cansar mais quando comparadas com outras. A dica é: ao menor sinal de desconforto, retire o pet do ambiente.
– Não fique perto do som alto – Cachorros têm sensibilidade auditiva bem maior que a dos humanos. Por isso, podem ficar incomodados com barulhos altos. Isso pode levar o pet a mudanças bruscas de comportamento, podendo atacar alguém ou escapar. Fique com o cão em lugar um pouco mais afastado do bloco. Aline sugere uma adaptação dias antes do Carnaval, com passeios diários em parques e praças que costumam ser mais agitados.
– Vacinas em dia – A maioria dos blocos ocorre no meio da rua, em ambientes que podem proliferar doenças. É importante que o cão esteja vermifugado e com as vacinas em dia, principalmente as da raiva, gripe e múltipla.
– Fantasia pode? – Sim, é possível fantasiar o pet, mas é preciso que o animal esteja confortável com a roupa. O ideal é optar por peças leves, produzidas em malha ou algodão, que são menos alérgicas.
– E sprays, tintas e glitters? – Eles podem ser vilões dos pets. Tintas e glitters podem ter substâncias tóxicas que fazem mal para o animal, inclusive, causando intoxicação e reações alérgicas severas. Existem tintas à base de água e as indicadas para pets. O ideal é fazer um teste colocando um pouco do produto na pele para verificar possível reação alérgica.
– Que petiscos levar? – As melhores opções são os alimentos aos quais os animais já estão habituados, além de petiscos leves como frutas (banana, maçã, pera, melancia, manga, morango, goiaba).
– Acessórios do tutor – São indispensáveis: água fresca e pote para o cachorro; saquinho para o cocô (que não deve ficar na rua); identificação na coleira do animal (para facilitar o encontro, caso ele se perca); protetor solar específico para pets e que deve ser passado, principalmente, em animais brancos. Aplique o protetor em partes do corpo que têm menos proteção como barriga, orelhas e focinho.