25/11/2024 - 14:05
A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, divulgou um comunicado em que lembra a pet shops que o estado não permitirá mais a venda de animais de estimação em lojas a partir do dia 15 de dezembro. No fim de 2022, uma decisão governamental estabeleceu que o comércio de cães, gatos e coelhos seria proibido “em breve”. A aplicação da lei acabou exigindo mais tempo, sendo definida para o final de 2024.
A proibição da venda de pets visa impedir operações de criação de bichos de estimação em larga escala. Nesses lugares conhecidos como “fábricas de filhotes”, os animais são frequentemente maltratados e sofrem de sérios problemas de saúde, aponta o comunicado. Fábricas de filhotes frequentemente enviavam pets doentes para as lojas. Os tutores, que não eram informados sobre essas condições, tinham posteriormente despesas altas com cuidados veterinários.
As redes de pet shop e as lojas que continuarem a vender animais de estimação após 15 de dezembro podem enfrentar penalidades de até US$ 1.000 por violação. Os nova-iorquinos que quiserem ter um pet na família podem adotar cães e gatos em abrigos ou podem recorrer a entidades de proteção e resgates de animais ou criadores licenciados.
“Trazer um bicho de estimação para casa deve ser um momento de excitação e alegria, mas frequentemente os animais das ‘fábricas de filhotes’ sofrem de sérios problemas médicos e deixam as famílias de coração partido ao ver seus pets doentes e com uma conta pesada a pagar”, declarou Letitia James. “Esta proibição de venda ajudará a pôr fim à perigosa ‘linha de fabricação’ de filhotes para pet shops”, salientou.
Em março deste ano, a procuradora-geral estabeleceu que uma rede de pet shops de Long Island, a Shake a Paw, irá pagar uma indenização de US$ 300 mil a centenas de pessoas que compraram um pet da empresa, sem saber que este estava severamente doente.
A companhia foi investigada, após denúncias, e descobriu-se que a Shake A Paw fazia anúncios de animais saudáveis, porém deturpou informações e depois se recusou a pagar reembolsos aos consumidores pelas contas dos tratamentos veterinários. O trabalho investigativo apontou que as doenças e os problemas percebidos em alguns dos pets eram compatíveis com os vistos em animais de uma “fábrica de filhotes”.